Matemático fala da importância de pesquisadores no Brasil, o Matemático e Pedagogo Valdivino Sousa incentiva o projeto jovem cientista, semana 30/10 em que estudantes e pesquisadores são premiados no projeto Jovem Cientista.
O projeto de criação de um filme plástico
biodegradável feito com casca de maracujá rendeu à gaúcha Juliana
Davoglio o primeiro lugar do Prêmio Jovem Cientista na categoria ensino
médio. A motivação, segundo ela, veio do excesso de restos orgânicos
gerados pelo cultivo da fruta, causando acúmulo de lixo e contaminação
do solo. Com a aplicação do método casting, de criação de embalagens
comestíveis, a estudante conseguiu ainda reutilizar o resíduo do
maracujá.
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Matemático e Pedagogo Valdivino Sousa – Foto: Divulgação / Reprodução Instagram |
“No Brasil apenas 1% do PIB é destinado
para a área de pesquisas, o Governo precisa investir mais neste campo,
pois um 1% é quase nada, e muitos pesquisadores deixam de desenvolver
projetos por falta de verbas e incentivos”. Explica o Matemático e
Pedagogo Valdivino Sousa.
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A vencedora da 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista na categoria Estudante do Ensino Médio, Juliana Davoglio Estradioto, durante entrevista na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). – Marcelo Camargo/Agência Brasil |
“Queria
solucionar esse problema ambiental que era o descarte inadequado da
casca do maracujá”, contou. Em seu discurso, Juliana lembrou que os
jovens sempre aprendem sobre grandes nomes do passado, mas raramente têm
contato com alguém da própria idade e, muitas vezes, sentado ao seu
lado na escola, fazendo ciência. “Descobri esse mundo pelo qual sou
apaixonada. Nunca tinha usado um jaleco na minha vida”, completou, ao
fazer referência ao jaleco branco de pesquisadora.
De
acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), mais de 1.550 estudantes e pesquisadores de todo o
país se inscreveram para a 29ª edição do prêmio. O tema este ano foi
inovações para conservação da natureza e transformação social.
“Nos
outros países são destinados 10% ou mais para pesquisas, e os
pesquisadores são valorizados, já no Brasil como disse apenas 1% vai
para projetos de pesquisas, o que deixa a desejar”. Diz Valdivino Sousa.
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O vencedor da 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista na categoria Estudante do Ensino Superior, Célio Henrique Rocha Moura, durante entrevista na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). – Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Além de Juliana, o pernambucano Célio
Henrique Rocha venceu na categoria ensino superior com uma pesquisa
sobre como a percepção da população sobre áreas preservadas no Recife
pode auxiliar na gestão de unidades de conservação.
“Recife é o meu laboratório. Lá, 30% do
território é composto por fragmentos florestais e unidades de
conservação”, explicou. “Num contexto de superurbanizacao, é muito
importante levantar essa bandeira da conservação”, completou.
“O projeto Jovem Cientista é uma boa
iniciativa do Governo para os jovens que desde cedo quer entrar no campo
da pesquisa, é um número bastante elevado, tendo em vista que mais de
1.550 estudantes e pesquisadores de todo o país se inscreveram para a
29ª edição do prêmio”. Disse o Matemático e Pedagogo Valdivino Sousa.
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O vencedor da 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista na categoria Mestre e Doutor, João Vitor Campos e Silva, durante entrevista na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). – Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Na
categoria mestre e doutor, o primeiro lugar foi para o paulista João
Vitor Campos, que fez um estudo sobre o impacto de um modelo de
conservação na Amazônia que recupera populações de pirarucu e tem
potencial para garantir às comunidades o equivalente a uma poupança
bancária avaliada em R$ 30 mil anuais.
“Fico
muito feliz com essa oportunidade de reconhecer o trabalho que vem
sendo feito nas comunidades rurais”, disse, ao explicar que o pirarucu é
uma espécie de importância cultural muito grande na Amazônia e que teve
suas populações reduzidas de forma drástica por causa da sobrepesca. “É
uma grande ferramenta de conservação da biodiversidade”, avaliou.
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O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges, durante anúncio dos vencedores da 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista. – Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Para
o presidente do CNPq, Mario Neto, o Prêmio Jovem Cientista representa
uma oportunidade de mostrar ao governo e aos políticos que entram em
cena nesse período pós-eleição que não há nação desenvolvida se não
houver investimentos adequados em ciência e tecnologia. “A criatividade,
o esforço e a dedicação podem transformar esses jovens em grandes
cientistas que o país tanto precisa”, concluiu.
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