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Psicólogo Valdivino Sousa - Foto Instagram |
O ambiente de trabalho, muitas vezes visto como espaço de realização pessoal e profissional, tem se tornado também palco de sofrimento psíquico para milhares de brasileiros. Casos de assédio moral, sobrecarga de tarefas e cobranças abusivas vêm crescendo e chamando atenção tanto do ponto de vista jurídico quanto da saúde mental.
De acordo com especialistas, o trabalho deve ser fonte de dignidade e pertencimento. No entanto, quando ultrapassa os limites do razoável, pode transformar-se em um fator de adoecimento emocional.
A dimensão psicológica do problema
Segundo o psicólogo Valdivino Sousa, o impacto do trabalho tóxico vai além do desgaste físico: “Muitos trabalhadores desenvolvem ansiedade, insônia, irritabilidade e até depressão em função de pressões constantes e humilhações sutis ou explícitas. O que deveria ser um espaço de crescimento se torna uma experiência de sofrimento.”
Para o especialista, o assédio moral é um dos grandes vilões: “Ele mina a autoestima, destrói a confiança e compromete não apenas a saúde mental do indivíduo, mas também suas relações sociais e familiares.”
O olhar da legalidade
Do ponto de vista jurídico, a legislação trabalhista brasileira prevê proteção contra práticas abusivas. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garante que o empregador tem o dever de assegurar um ambiente saudável, livre de humilhações e abusos.
A Justiça do Trabalho vem reconhecendo cada vez mais casos em que o trabalhador sofre danos emocionais decorrentes de situações de assédio e pressão excessiva. Nessas situações, há possibilidade de reparação por meio de indenizações, além de penalidades aplicáveis às empresas.
Cuidado psicológico como prevenção
Além da via legal, especialistas reforçam a importância do acompanhamento psicológico. Segundo o psicólogo Valdivino Sousa, o apoio clínico ajuda o trabalhador a reconhecer limites, elaborar experiências dolorosas e desenvolver estratégias de enfrentamento. “O processo terapêutico não apenas trata os sintomas, mas auxilia o trabalhador a reconstruir sua autoestima e ressignificar sua relação com o trabalho.”
Conclusão
O debate sobre sofrimento psíquico no trabalho revela que legalidade e cuidado psicológico precisam andar lado a lado. Enquanto a lei garante proteção e reparação, a Psicologia atua na prevenção e no acolhimento.
O desafio das empresas está em criar ambientes realmente saudáveis, onde a busca por resultados não custe a dignidade e a saúde emocional dos trabalhadores.
Reportagem: Redação Top10News — com informações do psicólogo Valdivino Sousa (CRP-SP 06/198683).
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