Alienação Parental: Como Afeta o Emocional das Crianças e o Que Diz a Lei Brasileira
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| Imagem Ilustrativa |
A alienação parental é um fenômeno que cresce silenciosamente nos lares brasileiros. Ela ocorre quando um dos responsáveis manipula a criança para rejeitar o outro genitor, criando um ambiente emocionalmente hostil e prejudicial ao desenvolvimento psíquico. Embora muitas vezes seja tratada como um “conflito de adultos”, seus efeitos recaem de forma intensa sobre crianças e adolescentes.
Segundo o psicólogo Valdivino Sousa, a alienação parental atua como uma violência emocional prolongada.
“A criança passa a desenvolver medo, rejeição e sentimentos negativos que não correspondem à realidade. É como se ela fosse moldada psicologicamente para odiar o pai ou a mãe. Isso afeta autoestima, segurança emocional e pode gerar ansiedade, depressão e dificuldades escolares”, explica.
Impactos emocionais profundos
Entre os sintomas mais comuns observados em crianças vítimas desse tipo de violência emocional, destacam-se:
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Ansiedade acentuada
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Medo constante
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Sentimento de culpa
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Isolamento social
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Baixa autoestima
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Dificuldade em confiar em outras pessoas
Esses efeitos podem perdurar até a vida adulta, comprometendo relações afetivas, profissionais e familiares.
“Os danos emocionais são reais e podem acompanhar a pessoa por toda a vida. A criança aprende a rejeitar um dos pais, mas também aprende a rejeitar partes de si mesma”, afirma Valdivino Sousa.
O que diz a lei
No Brasil, a Lei 12.318/2010 estabelece mecanismos de identificação, punição e prevenção da alienação parental. O juiz pode determinar:
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Advertência ao responsável
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Ampliação ou restrição de visitas
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Acompanhamento psicológico
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Alteração da guarda
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Suspensão da autoridade parental em casos mais graves
A intenção da lei é proteger o direito fundamental da criança à convivência familiar saudável.
O papel da psicologia e da Justiça
A Justiça atua para restaurar vínculos, mas o processo depende de avaliações psicológicas, mediação familiar e um olhar técnico que permita identificar a origem da manipulação.
Valdivino Sousa reforça que:
“A Justiça pode determinar medidas legais, mas o cuidado psicológico é essencial para reparar os danos emocionais e reequilibrar o ambiente familiar.”
Conclusão
A alienação parental é uma forma de violência que ultrapassa o âmbito jurídico: é um ataque direto ao desenvolvimento emocional da criança. Identificar cedo e buscar apoio profissional é fundamental para preservar o bem-estar psicológico e garantir que os vínculos familiares não sejam destruídos por conflitos entre adultos.





